Qual é a relação entre as emoções e as dores físicas?

Emoções e dores físicas: qual dor é mais intensa?

O que mais dói? A perda de um ente querido ou um osso quebrado? O abandono do parceiro ou uma queimadura na pele? Por mais contraditórias que essas perguntas possam parecer, parece haver uma resposta clara: a dor emocional dói mais do que a dor física.

 

Isso é indicado por um estudo publicado na revista Psychological Science e realizado pelos médicos Adrienne Carter-Sowell e Zhanheng Chen. As chaves para compreender esta relação entre emoções e dores físicas estão nos seguintes pontos:

  • Há outra questão interessante: não gerenciamos bem as emoções negativas. Fatores como o não processamento adequado do luto por uma perda ou uma separação podem tornar esse sofrimento crônico. O mesmo acontece com a raiva. Se passamos anos escondendo nossas frustrações e raiva diante de certos eventos ou circunstâncias, essa raiva acaba impactando o corpo.
  • Por outro lado, os autores deste trabalho apontam algo interessante. A dor física não pode ser revivida, mas as pessoas são muito propensas a ativar a dor emocional ocasionalmente. Ou seja, não podemos sentir o impacto de um osso quebrado da mesma forma, mas podemos reviver o sofrimento por causa daquele acontecimento adverso do passado.

Sabemos que as emoções e a dor física são os dois lados de uma mesma moeda. Muitas vezes sofremos: aquele desconforto no peito, aquelas cólicas, aquela dor no pescoço, aquela dor lancinante nas têmporas… O que podemos fazer nestas circunstâncias? A resposta é simples, mas complexa de aplicar: devemos treinar a nossa regulação emocional. Não devemos deixar para amanhã o que nos preocupa e dói hoje.

Uma discussão que acaba mal, o estresse não administrado, uma preocupação que não resolvemos, um término doloroso que não conseguimos superar… Tudo isso deixa consequências que vão além da mente. Precisamos lembrar: se não conseguirmos lidar com a dor emocional sozinhos, sempre há bons profissionais que podem nos ajudar.


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