Black Mirror: Elon Musk anuncia “chip cerebral” para conectar cérebro e computadores.

Startup do fundador da SpaceX e da Tesla Motors deve começar os testes em humanos já no próximo ano. Segundo Elon Musk, ainda há um longo caminho a percorrer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na noite de terça-feira (16), Elon Musk revelou ao mundo via livestream o projeto de sua nova startup, a Neuralink. Os planos do empresário são extremamente ambiciosos, já que empresa trará ao mundo sensores implantados ao cérebro humano que poderão ser integrados à inteligência artificial.

Por enquanto, o objetivo é mirar na medicina. A tecnologia terá como foco pessoas com deficiências físicas que tenham causado perda de movimentos ou amputados que precisem de próteses. O dispositivo será capaz de converter os comandos motores em dados de ultravelocidade e possibilitará o movimento de próteses robóticas para os pacientes que as utilizam.

Os testes animais foram executados em um rato de laboratório. No roedor, a empresa foi capaz de incluir uma entrada USB-C conectada diretamente ao cérebro. Os resultados foram surpreendentes e dez vezes maiores que as tecnologias já existentes.

Elon Musk Neuralink

A startup espera poder começar os testes em humanos já no próximo ano. Segundo Elon Musk, ainda há um longo caminho a percorrer. Isso porque o trabalho requer um relacionamento muito próximo com a comunidade médica e acadêmica. Especula-se que a empresa crie uma rede de colaboradores, incluindo neurocirurgiões da Universidade de Stanford.

Dentre as doenças que poderão ser tratadas com a nova tecnologia estão a Epilepsia, Mal de Parkinson, Transtorno obsessivo-compulsivo e a Distonia.

Como funciona a implantação

Os dispositivos são semelhantes a fios de cabelo e medem um terço do diâmetro do cabelo mais fino. Através da perfuração do crânio na área mais propícia é possível implantar o equipamento e sua saída/entrada no ser humano.

Semelhante a uma máquina de costura, o equipamento de implantação possui uma agulha ultrafina para que a tecnologia seja aplicada com precisão. Para o futuro, a Neuralink planeja o uso de laser para uma perfuração indolor e um processo mais rápido. Toda a cirurgia é robótica e a maquina também é desenvolvida pela Neuralink.

O uso de agulhas é prioridade para evitar acidentes com veias cerebrais. Após o implante, o funcionamento é muito simples: os sensores em fio captam as informações e enviam para um chip no topo do crânio, que em conexão a uma entrada USB-C podem comandar diversos dispositivos. E isso, claro, inclui próteses robóticas.

Ainda segundo a companhia, a futura mesclagem com inteligência artificial será uma opção para o usuário. Mas isso ainda está em um futuro um pouco distante, já que a companhia ainda enfrenta barreiras de estudo e desenvolvimento.

“Se você conhece alguém que teve uma lesão no pescoço ou na espinha, nós podemos resolver isso com um chip”, declara Elon Musk.

Elon Musk e a simbiose com a inteligência artificial

O objetivo de juntar a atividade cerebral a IA, segundo Musk, vem com o intuito de permitir que o ser humano acompanhe a evolução do raciocínio tecnológico. No futuro, a IA poderá ultrapassar a capacidade humana. Segundo o executivo, ao invés de uma “corrida” é “um convite para uma viagem”.

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A ficção que virou vida real

Uma das séries mais populares da NetflixBlack Mirror, trouxe versões fictícias do que seriam os futuros implantes cerebrais capazes de captar informações e executar ações. Em um dos episódios, foi possível consultar memórias passadas para resolver crimes e executar sentenças criminais.

O neurocirurgião Matt McDoughall, um dos colaboradores da Neuralink, deixou tudo ainda mais parecido com a ficção. Ele revelou que a saída e entrada do chip ficarão atrás da orelha. O que se assemelha a um dos dispositivos apresentados pela série. Será a tecnologia de Musk também será parecida?

Infelizmente, o que sabemos por enquanto é que há diversas barreiras legais. O pior desafio do caminho é o de convencer os órgãos reguladores a legalizarem o implante de dispositivos neurológicos.

 

Fonte: ConsumidorModerno

 


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