Estamos cansados do isolamento social?

Já faz tempo que estamos em isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus. 

De acordo com o coordenador do Laboratório de Neurociências Cognitiva e Social, que faz parte do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) e do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Paulo Boggio, é totalmente normal nos sentirmos cansados após tanto tempo distantes.

Somos uma espécie muito social, vivemos em grupos. O isolamento limita isso e por um lado aumenta a vontade das pessoas. Neste contexto, até a falta que sentimos de abraços e de tocar pessoas queridas tem explicação. O toque físico resulta na liberação de hormônios e auxilia na percepção de conforto e bem-estar; a ausência do toque pode ser um problema para quem está vivendo sozinho.

Se tornou muito comum vermos pessoas que relaxaram a questão do distanciamento físico e muitos justificam esse “cansaço de quarentena” para quebrar o isolamento. Cenas de aglomerações, reuniões e festas foram noticiadas e compartilhadas em redes sociais. Mas de acordo com o professor, isso não pode ser creditado a esta “fadiga de isolamento”. Existem outros fatores que podem levar uma pessoa a considerar se expor ao risco de contrair a covid-19 em uma aglomeração.

Boggio explica que este tipo de situação passa pelo que a Neurociência chama de percepção de risco. Juntamos várias informações objetivas que nos chegam e avaliamos subjetivamente se é um risco baixo, médio ou alto. Não é algo muito racional. Por isso, algumas pessoas optam por se expor, enquanto outras seguem com a rotina de isolamento.

Mesmo que várias localidades já estejam em processo de relaxamento do isolamento e várias atividades econômicas estejam retomando o funcionando, não é hora de relaxar com a pandemia. Os altos números ainda não permitem que tenhamos uma rotina “normal”. Por isso, continue firme, faça sua parte, e se possível, #FiqueEmCasa.

 

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