Neuromarketing e as mídias sociais

A sociedade contemporânea vive por constantes alterações sociais, comportamentais e tecnológicas. Essas mudanças estão envolvidas umas com as outras. À aparição das novas mídias sociais são um exemplo claro de uma nova forma de relacionamento e interação social. 

Las Casas (2014), autor do livro Cocriação de valor, afirma que “A mídia social é uma forma da empresa contatar seus clientes através de websites e também de outras disponíveis, como blogs, áudio e vídeo. Pode-se dizer que “a rede social é um grupo de pessoas, de organização ou de outros relacionamentos conectados por um conjunto de relações sociais, como amizade, trabalho em conjunto ou uma simples troca de informações”. Por outro lado, Madan (2010), afirma que “Neuromarketing é uma área emergente que conecta estudos interdisciplinares da psicologia e neurociência com economia e tem como objetivo, estudar como o cérebro é fisiologicamente afetado por propagandas e estratégias de marketing”.

Com o objetivo de ser lembradas, as marcas e diferentes organizações estão aplicando técnicas da Neurociência no engajamento de seguidores em mídias sociais.

É sabido que cerca de  95% de nossos pensamentos, emoções e de nosso aprendizado ocorrem quando não estamos conscientes. E hoje além de nosso mundo real, atuamos em um mundo paralelo, o mundo virtual.

Nesse mundo também somos consumidores de serviços e inúmeros produtos, interagimos com organizações, opinamos positiva ou negativamente sobre experiências com produtos ou serviços, melhor ainda tentamos “facilitar” nossa vida, resolvendo tudo “online”. No momento que o consumidor se expõe e busca interagir nas redes sociais ou no mundo virtual em geral, é valido as empresas optarem por persuadir o cliente através de estratégias de Neuromarketing, pois este também é um mercado competitivo que disputa à atenção do cliente.

 Todo profissional competente precisa estar acompanhando de perto as novas estratégias de captar novos clientes, reter e fidelizar. Para lograr este objetivo, devemos entender que o mundo real já esta sendo saturado de publicidade, no mundo virtual não é muito diferente, quem não cansa de fechar janelas de propaganda que nos direciona a outro site não desejado. Esse não e modo certo de persuadir ao consumidor a escolher uma marca ao invés disso, tendenciosamente desperta a rejeição e fixa uma imagem negativa.

Os inúmeros avanços tecnológicos auxiliam ao profissional responsáveis pelas mídias sociais, mas se forem anexadas e aplicadas técnicas de Neurociencia Aplicada para compreender e entender como é que o consumidor fixa a imagem de um produto, as cores que devem ser utilizadas para transmitir a mensagem desejada e etc, criará uma gama de infinitas possibilidades. 

De acordo com o proposto por DOOLEY (2012), autor do livro “Como influenciar a mente do consumidor”, alega que: figuram, no ambiente virtual, elementos que influenciam a tomada de decisão do consumidor. Como por exemplo, as primeiras impressões que o consumidor tem ao entrar em contato com o site de uma loja virtual, de tal modo que emoções são desencadeadas e farão com que o consumidor se sinta mais feliz para realizar a compra. Portanto, “Os pesquisadores da Carleton University ficaram impressionados ao descobrir que mostrar a usuários a imagem de um site por meros 50 milésimos de segundo – o equivalente a 1\20 de 1 segundo – foi suficiente para decidir quão interessante era o site”

Destaca-se que quando um elemento (redes sociais) é utilizado para influenciar o consumidor de maneira eficiente, estas técnicas podem ser aplicáveis também para formar uma opinião, e assim o gestor de mídias poderá criar um vinculo mais “direto” com seu consumidor, mas toda mensagem deve ser cuidadosamente transmitida para o cliente, considerando sempre aspectos psicológicos e a forma como a mensagem é captada pelo inconsciente.

Considerando apenas 5 técnicas que o profissional de mídias sócias poderia utilizar para criar um melhor vinculo com seu cliente:

– Estimule os sentidos: Criar experiências sensoriais fortes e que a visita de um site ou rede social, não seja só uma busca rápida. Ofereça ao cliente além do que ele espera, vale muito a pena um bom investimento na produção de fotos, do layout e a comunicação visual utilizada.

– As cores afetam as decisões de compra dos clientes: as cores precisam ser pensadas estrategicamente e testadas, pois não é igual ter uma foto do produto numa revista impressa que no site o facebook oficial da sua loja. As dimensões, tons, contrastes, foco e variação de cores em diferentes telas podem ser um ponto negativo se não são bem desenhadas.

– Storytelling: Conte historias para conquistar clientes. Para encantar, precisa criar, há frases que ficarão na memória dos seus clientes, já sejam engraçadas, de reflexão, etc., mas sempre com um cuidado adequado de não perder o foco da mensagem que será transmitida.

– Crie Urgência e expectativa: quando estimulados a ideia de perda ou urgência, no cérebro cria-se também uma necessidade, é por isso que as promoções online dão resultados positivos. Nas redes sociais, frases como “última chance de comprar esse produto”, “restam apenas dois itens em estoque”, “promoção relâmpago” tem maior efetividade e criam maior expectativa.

– Utilize sempre a palavra “você”: especialistas em Neuromarketing asseguram que, o cérebro é egoísta, e ao utilizar a palavra “você” cria um sentimento de pertencia e identificação com o produto, por exemplo, a frase “feita para você”, o comprador sente-se identificado, como se aquele produto foi exatamente pensando nele.


Comments

2 respostas para “Neuromarketing e as mídias sociais”

  1. Adorei! Essa técnica da Neurociência para as Redes Sociais é mesmo fantástica. Sem dúvida, será tema do meu TCC. Obrigada por postar estes esclarecimentos. Att.: Laís, Graduanda em Publicidade e Propaganda.

  2. Gostei muito do seu post, vou acompanhar o seu blog/site.

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