Os animais têm consciência de seu sofrimento?

Os pesquisadores já têm um #conscienciômetro, um aparelho que atribui um número ao grau de consciência de uma pessoa – enquanto a anestesiam, por exemplo −, ou indica se sofreu um dano cerebral.

Com alguns ajustes, ele poderia ser utilizado com qualquer animal, o que nos daria uma medida objetiva do grau em que um #animal pode sentir e sofrer.

Definir a #consciência é muito difícil − como definir algo sem saber em que consiste? −, mas às vezes uma parábola funciona melhor que uma definição: consciência é aquilo que você perde ao dormir e recupera ao acordar.

E também a capacidade de sofrer, de sentir dor, as suas #lembranças e a obscura previsão de seu futuro.

Philip Low, da NeuroVigil, empresa de neurodiagnóstico, diz: Ainda é necessário muito progresso na #pesquisa farmacêutica, pois essas empresas só podem patentear moléculas artificiais, que depois testam em animais, prossegue Low. Todos os anos, cerca de 100 milhões de vertebrados são sacrificados, mais de 40 bilhões de dólares são investidos, e 94% das #moléculas falham em animais.

Além disso, 98% das que são aprovadas nessa fase acabam falhando nos testes com humanos. Isso está aquém do desejado e é muito caro. Entender o papel que nosso estilo de vida, e em especial de nossa dieta, tem na saúde será tão essencial como identificar sinais precoces de doenças. As pessoas deveriam prestar mais atenção aos estudos que vinculam os lácteos e a carne vermelha ao #Parkinson e ao câncer, respectivamente.

Juan Lerma, prof. de pesquisa do Instituto de #Neurociências de Alicante, também afirma que os animais têm consciência, sensibilidade e capacidade de sofrer, mas aponta algumas nuances. “É preciso fugir de todo #antropocentrismo”, diz. “As pessoas tendem a aplicar aos animais nossos próprios #sentimentos; não faz sentido dizer que um peixe se deprime. Os camundongos do meu laboratório não estão se perguntando se têm consciência.”

E você #neurocompartilhador, o que acha?

Artigo publicado em El País.


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