Reconhecimento facial do consumidor já é uma realidade

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Tecnologia oferece grandes possibilidades para personalização de atendimento e prevenção de furtos no varejo, mas causa polêmica em relação aos direitos de privacidade

O consumidor entra no supermercado e, instantaneamente, seu rosto é escaneado via câmeras especiais que o identificam. Logo, tudo o que ele fará dentro do estabelecimento será gravado e enviado para um banco de dados. Assim que analisado, será possível entender melhor o comportamento desse cliente, a fim de otimizar o seu atendimento, ampliar o leque de ofertas personalizadas e descobrir o que ele buscou e, por algum motivo, não levou.  Saiba mais sobre essa inovação e tudo o que está sendo debatido sobre o assunto a seguir.

Não se trata mais de ficção científica. Essa tecnologia de reconhecimento facial já existe, vem sendo empregada na Europa e Estados Unidos por escritórios, meios de transporte, cassinos, polícia e agora também pelas redes de varejo, principalmente supermercado. Afinal, trata-se de uma fantástica ferramenta de personalização, que pode contribuir não só para o desenvolvimento de promoções individuais como também para a prevenção de perdas e furtos.

Marketing de personalização otimizado

“Com o aumento da concorrência do e-commerce, os varejistas precisam se tornar muito mais inteligentes sobre como precisam envolver os consumidores”, diz Allen Ganz, diretor corporativo da divisão de soluções biométricas da NEC America, que tem um produto de software de reconhecimento facial chamado Neoface. “Este é um novo tipo de coletor de dados para os varejistas, e uma vez que esta informação é utilizada é viciante.”, diz.

A MarketsandMarkets estima que as vendas de software de reconhecimento facial e equipamentos foram de US$ 2,8 bilhões no mundo no ano passado e prevê que aumentará para US$ 6,19 bilhões em 2020.

Apesar de estar se tornando comum, alguns empresários ainda estão preocupados com a polêmica que o reconhecimento facial pode levantar com os defensores da privacidade. Assim como ocorre com o vídeo de vigilância, a nova tecnologia levanta receios de invasão de privacidade. Entretanto, para Colin Peacock, pesquisador da Universidade de Leicester, na Inglaterra, e coordenador estratégico do Efficient Consumer Response Europe’s Shrinkage and On-Shelf Availability Group, isso pode ser superado.

“Eu acho que a privacidade é uma preocupação. No entanto, o que a história nos ensinou, especialmente no Reino Unido, é que quando os consumidores percebem que existem benefícios para eles, há uma melhor aceitação”, afirma Peacock.

Representantes de várias indústrias e empresas, incluindo Google e Facebook, têm estado em conversações com grupos que defendem os direitos de privacidade atrás de orientações para chegar a um consenso na utilização da tecnologia de reconhecimento facial. Todavia, muitos acham que o consumidor deva ter a palavra final sobre se quer o não ter o rosto reconhecido.

O que resta saber é quando e como os varejistas vão utilizar o reconhecimento facial (se é que vão) e se as polêmicas em torno do assunto serão superadas.

Referências: NRF, MarketsandMarkets, Fortune.


Comments

Uma resposta para “Reconhecimento facial do consumidor já é uma realidade”

  1. Hola estoy encantada de visitar vuestra web me parece super buena.

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