A vasta contribuição sobre a função dos sonhos dada por Freud e #Jung foi em grande parte ignorada pela ciência, pela falta de um método quantitativo e de hipóteses testáveis.
Não obstante, vários resultados experimentais corroboram dois importantes “insights” psicanalíticos: 1) que os sonhos frequentemente contêm elementos da experiência do dia anterior, denominados de “restos do dia”, e 2) que estes “restos” levam a uma facilitação do #aprendizado.
Dr. Tore Nielsen, do Laboratório Dream and Nightmare, de Montreal, têm dedicado seus esforços para estudar a misteriosa máquina que produz os sonhos.
A pesquisa revela que a produção dos sonhos está associada às lembranças e à região do hipocampo, localizado abaixo do córtex cerebral e que desempenha um papel importante na memória.
Segundo o estudo, quando aparecem lembranças recentes em nossos sonhos, isso significa que aquilo que estamos sonhando foi escolhido pelo cérebro para ser enviado à #memória de longo prazo. A passagem dessas lembranças por nossos sonhos é uma etapa fundamental para que elas se armazenem de forma definitiva em nossa memória.
As imagens e situações que surgem em nossos sonhos são fabricados pelo cérebro de forma arbitrária. A encarregada dessa produção é a chamada memória implícita, a mesma que usamos para fazer coisas ‘no automático’.
Os enredos criados em nossos sonhos são absurdos e os elementos, sem nexo. Mas esse é um mecanismo que o nosso cérebro usa para gravar esses elementos de forma definitiva, na memória de longo prazo.
Outro grande descobrimento de Nielsen é que as lembranças que nos permanecem presas na #memória durante o dia, podem aparecer cinco ou sete dias mais tarde em nossos sonhos, e não necessariamente na noite subsequente aos fatos, como acreditava #Freud.
Sonhar é um dos processos que mais requerem #imaginação; porém, graças a ele, nosso #cérebro libera tensões e deixa fluir a informação presa.
E você, tem sonhos estranhos?
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