Boicote de empresas funciona e Facebook anuncia mudanças

“Stop Hate for Profit” – Entenda porque as grandes empresas estão boicotando o Facebook

Na última semana de junho/2020, a rede social mais famosa do mundo já perdeu cerca de 74 bilhões de dólares.

Por que isso está acontecendo?

O boicote publicitário intitulado “Stop Hate for Profit” (pare de dar lucro ao ódio, em tradução livre) tem como objetivo protestar contra a falta de ações da plataforma em relação aos discursos de ódio que circulam na rede

Esse movimento foi criado após o assassinato de George Floyd por policiais nos EUA no final de maio/2020, o que gerou uma onda de protestos ao redor do mundo. No site da campanha, o Facebook é acusado de ter sido conivente com as postagens de ódio direcionadas aos participantes das manifestações.

Além de protestar a favor de um posicionamento mais rígido da rede social em relação ao racismo na plataforma, a #StopHateforProfit também chama atenção para a “cegueira” do Facebook no que diz respeito às Fake News. O principal argumento dos organizadores do boicote publicitário à rede é o fato do Facebook ter chamado algumas fontes de notícias de supremacistas brancos como sites confiáveis e “verificadores de fatos”, o que é problemático por si só uma vez que esse tipo de ideologia é segregacionista.

Em 2019, o Facebook lucrou 70,7 bilhões de dólares com publicidade paga na plataforma. Então, para os organizadores, a maneira mais eficaz de protesto é boicotando os anúncios na rede social.

Veja o que as grandes marcas estão fazendo e qual ação o Facebook está fazendo para reverter a situação em menos de 24 horas.

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Até o momento, grandes marcas como Coca-Cola, Unilever, Starbucks, The Hershey Company e Ford juntaram-se a mais de 200 outras empresas no boicote que está fazendo com que as ações da plataforma não parem de cair.
⠀Por outro lado, a empresa compartilhou recentemente que está proibindo uma “categoria mais ampla de conteúdo odioso” nos anúncios e adicionando tags especiais a postagens que violam regras. Além disso, a rede social parece empenhada em mudar a sua imagem: o Facebook revisou 95,7% e o Instagram avaliou 91,8% das denúncias de conteúdos com discurso de ódio em menos de 24 horas

Para tornar o debate mais preciso, o YouTube avaliou 81,5% e o Twitter, apenas 76,6%. Ademais, o Facebook anunciou que passará por uma auditoria externa para a moderação de seus sistemas de revisão de conteúdo. De fato, primeira vez, Mark Zuckerberg se sente acuado o bastante para mudar seu discurso de liberdade de expressão dentro da plataforma.

Ainda que as medidas sejam benéficas, não é provável que impeça a campanha Stop Hate for Profit de implementar sua próxima etapa, que é espalhar o movimento em todo o mundo.

E aí, o que você acha da decisão dessas empresas?  Você acredita que o Facebook vai implementar ainda mais medidas que atenuem o discurso de ódio na rede?

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