Medo de cobra. Seu pulvinar pode ser o culpado!

🐍 A pesquisa realizada pelos professores do Instituto de Ciências Biológicas (IB) da Universidade de Brasília (UnB) Rafael Souto Maior e Carlos Tomaz, em conjunto com pesquisadores japoneses e americanos, revelou que um determinado grupo de #células nervosas no cérebro dos primatas respondia mais rápido na identificação de serpentes. O artigo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), na semana passada. A pesquisa contou com o apoio da Asian CORE Program (Japão).
 
Por meio de sondas inseridas no #cérebro dos macacos foi possível detectar que os neurônios localizados no pulvinar – parte do cérebro envolvida na atenção visual – foram mais rápida e fortemente ativados em resposta a estímulos visuais de #serpentes, comparado com outros estímulos.
 
– Nós realizamos testes em primatas justamente por eles terem uma estrutura cerebral bastante similar à do ser humano. Sendo assim, podemos supor que nós também temos essa capacidade de detectar serpentes – explica o professor Tomaz.
 
👀 Esses #neurônios “dedicados às cobras”, ou melhor, a evita-las, são uma herança do nosso passado primata distante, quando os animais representavam uma das maiores ameaças à nossa sobrevivência.
 
Eles descobriram que o medo generalizado de #cobras decorre de um viés perceptivo: as pessoas reconhecem cobras mais rápido do que outros objetos. É tão forte este instinto que é um aprendizado #filogenético, isto é, da nossa espécie, pois, crianças reconhecem cobras tão rapidamente quanto os adultos.
 
🔥 Nossos ancestrais, há 60 milhões de anos, passavam, diariamente, pela luta da sobrevivência nas florestas, fugindo de predadores, dentre eles, muitos eram as cobras. Nossa visão tornou-se muito mais potente de modo que possam detectar cobras ocultos na folhagem.
Os neurônios do #pulvinar recebem sinais dos olhos, e estudos anteriores sugeriram que eles ajudam a direcionar nossa atenção rapidamente para objetos específicos em nosso ponto de vista.

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