Os efeitos da superproteção no cérebro das crianças

Em um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Gunma, no Japão, foi mostrado que aqueles indivíduos da pesquisa que tinham pais superprotetores também apresentaram menos massa cinzenta em uma área específica do cérebro chamada de cortex pré-frontal.

👨 Além disso, os indivíduos que tinham pais negligentes (não as mães) também apresentavam problemas no desenvolvimento dessa parte do cérebro.

Segundo os pesquisadores, essa parte do cortex é desenvolvida justamente na infância e anomalias nessa parte do cérebro são comuns em pessoas com esquizofrenia e outras desordens mentais.

A explicação encontrada pelos pesquisadores para o resultado do estudo é bem simples: as situações de negligência e superproteção expõem a criança de forma excessiva ao hormônio cortisol (do estresse) e inibem a fabricação da dopamina (o hormônio da felicidade), o que prejudica diretamente o desenvolvimento cerebral.

Pais superprotetores são aqueles que estão controlando continuamente o seu filho, que lhe diz como deve brincar, como guardar suas coisas, como agir, entre outras determinações. Diante desse comportamento, as crianças reagem de maneira diferente.

– Algumas se tornam desafiadoras com relação aos pais;

– Outros simplesmente apáticos ou se mostram muito frustrados.

Devemos trabalhar para tornar a vida mais segura, removendo do ambiente perigos físicos como pedófilos e motoristas bêbados. E, claro, devemos ensinar as crianças a tratarem umas às outras com respeito e bondade. Mas também precisamos deixá-las livres para explorarem suas estradas sem nós.

Em períodos breves de exposição a níveis normais de stress são inofencíveis. Brincadeiras livres em que as crianças desenvolvem suas próprias regras de interação, assumem pequenos riscos e aprendem a controlar pequenos riscos são aspectos cruciais para o desenvolvimento das capacidades sociais, e até físicas, de um adulto. Privá-las de brincar livremente prejudica seu amadurecimento sócio emocional.


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