Crianças pequenas também podem ter depressão, mas pode parecer muito diferente, o que torna difícil para os pais – ou médicos – reconhecê-la e fornecer ajuda.
Pode ser difícil pensar sobre depressão em crianças mais novas porque imaginamos a infância como um período de inocência e alegria.
A depressão foi originalmente concebida como um problema adulto. A Dra. Maria Kovacs, professora de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, disse que nas décadas de 1950 e 60, havia psiquiatras infantis que acreditavam que as crianças não tinham desenvolvimento do ego suficiente para sentir depressão, mas que pesquisas realizadas por ela e outros colegas nos anos 70 mostrou que “crianças em idade escolar podem sofrer de depressão diagnosticável”.
Quando crianças pequenas estão deprimidas, não é incomum que o humor primário seja irritabilidade, não tristeza; a criança fica muito ranzinza. E as crianças são muito menos propensas a entender que o que estão sentindo é depressão ou a identificá-la dessa forma.
“Quase nunca acontece que elas digam: ‘Algo está errado porque estou triste’”, disse Kovacs. Cabe aos adultos procurar sinais de que algo não está bem, disse ela.
A melhor maneira de os pais reconhecerem a depressão em crianças pequenas não é tanto pelo que a criança diz, mas pelo que ela faz – ou para de fazer. Procure por “mudanças significativas no funcionamento”, disse a Dra. Kovacs, como “se uma criança para de brincar com suas coisas favoritas, para de responder ao que costumava responder”.
Isso pode significar que a criança perde o interesse pelos brinquedos, jogos, piadas ou rituais que costumavam ser divertidos, ou que não parece interessada nas habituais idas e vindas da vida familiar.
Os pais devem ver as dificuldades dos filhos como oportunidades de intervenção. A maioria dos problemas de humor na primeira infância desaparecerá com o tempo, cuidados parentais sensíveis e ambientes de apoio.
CONSULTE UM PEDIATRA.
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